terça-feira, 20 de outubro de 2015


A Cultura do Coqueiro

Aspectos da comercialização e mercados do coco
Para analisar a comercialização do coco é preciso separá-la em dois segmentos: mercado de coco seco e mercado de coco verde. O custo do transporte assume papel relevante em ambos os segmentos, considerando as grandes distâncias entre o Nordeste e o Sudeste/Sul, geralmente percorridas por via terrestre, acrescentando em média 35% sobre o preço pago ao produtor, no caso do coco seco e de aproximadamente 133% no caso do coco verde, devido ao maior volume e peso a ser transportado e menor preço por unidade negociada.
Um caminhão com capacidade para 18t transporta aproximadamente 18.000 cocos secos ou 6.500 frutos verdes. O valor do frete entre Sergipe e São Paulo em meados de 2002, girava em torno de R$1.300,00, o qual fica a cargo do transportador ou agente da comercialização do produto.
Além do custo do transporte, o deslocamento do produto a grandes distâncias gera problemas, referentes ao acondicionamento da carga, a qual, conduzida a granel, é envolvida por uma lona que aumenta a temperatura nas horas mais quentes do dia, provocando rachaduras nos frutos.


O mercado de coco
Estima-se que do total de coco seco produzido no país, de acordo com dados levantados pelo Sindicato dos Produtores de Coco (SINDCOCO), a produção brasileira é comercializada da seguinte forma: 35% destinam-se à agroindústria, que produz, principalmente, coco ralado e leite de coco, para atender a demanda de grandes empresas produtoras de chocolate, biscoitos, iogurtes, sorvetes, confeitarias e padarias. 35% destinam-se aos mercados Sudeste/Sul para atender às pequenas indústrias, a exemplo de docerias, padarias, sorveterias, etc. Destes, cerca de 90%, são constituídos de frutos verdes. Os 30% restantes ficam no mercado nordestino, para atender ao consumo in natura, tanto de coco seco, como de coco verde (Viglio, 1997- citado por Cuenca, 2002). Estima-se que 80% do consumo nordestino, seja de coco seco e os outros 20% são na forma de coco verde. A situação do consumo por região e por tipo de coco, no Brasil, no final da década de 90, é apresentado na Tabela 1.
O processo de abertura da economia e conseqüente liberação das importações de matéria prima, ocorridos na última década, penalizaram os produtores de coco, devido à pouca flexibilidade da produção agrícola para se adaptar a essas mudanças.

Canais de comercialização
A produção de coco no Nordeste é realizada, geralmente, por pequenos e médios produtores caracterizando-se por ter uma organização incipiente, principalmente na comercialização, derivando daí o baixo poder de barganha e vulnerabilidade às imposições dos intermediários que retêm maior percentual da margem de lucro na comercialização, tendo em vista que agregam somente os custos de transporte e vendem a preços bastante elevados, em relação aos pagos ao produtor. Cuenca (1997), mostrou que a organização dos produtores pode influenciar as margens de comercialização em seu favor, pois aumenta seu poder de barganha através da eliminação da excessiva intermediação na hora de vender sua produção.
A comercialização do coco para o mercado interno, pelo fato, da facilidade do transporte de grandes quantidades a granel e a grandes distâncias sem acondicionamento e/ou embalagens especificas; oferece grandes vantagens quando comparadas à comercialização de outras frutas tropicais.
O processo de comercialização do coco in natura, seco ou verde, no Nordeste compreende os canais e fluxos da produção mostrados na figura 1:
Figura: Manuel Alberto Gutierrez Cuenca
Figura 1. Fluxos e canais de comercialização do coco no Brasil.
O primeiro compreende o coco que é vendido diretamente às indústrias de processamento ou pelos próprios agentes, excluindo-se a participação dos intermediários externos. Atuam nesse fluxo os grandes e alguns médios proprietários. Pequenos produtores, quando organizados em cooperativas ou associações, poderiam facilmente vir a participar desse fluxo, apropriando-se de maiores lucros proporcionados pela cadeia produtiva do coco.
O segundo fluxo inclui quatro agentes econômicos: produtores, pequenos intermediários (agente), grandes intermediários e indústrias.
O terceiro fluxo é uma variação do segundo, pois na ausência do grande intermediário, é o atacadista quem o substitui na canalização do produto para a indústria.
No processo de comercialização, as maiores margens de lucro ficam na intermediação, pois existe uma diferença muito grande entre os preços pagos aos produtores e os preços que são cobrados aos consumidores.
Devido à lucratividade e margens obtidas na comercialização, alguns produtores médios e grandes, atuam também como intermediários, comprando e concentrando consideráveis quantidades de coco seco, para posterior revenda a outros intermediários ou diretamente à industria.
Os pequenos atacadistas, localizam-se na sede dos municípios produtores e transportam o coco em pequenos caminhões, ao passo que, os grandes atacadistas concentram grandes volumes e se localizam nos grandes centros urbanos, além de possuírem um maior grau de informação a respeito dos preços e da demanda do produto nos principais centros consumidores do país.
A criação das Ceasas, objetivando melhorar a estrutura de comercialização de produtos hortifrutigranjeiros no País e diminuir o número de intermediários nesse processo, não foi capaz de eliminar a forte presença dos mesmos no comércio de coco. Isto se deve ao fato, de que as centrais de abastecimento vêm desempenhando, ao longo dos anos, nas principais capitais, apenas uma função centralizadora da produção, chegando em alguns casos a favorecer a ação dos intermediários.

O mercado de coco verde
O mercado de coco-verde tem crescido nos últimos anos com o aumento do consumo da água-de-coco. A água-de-coco concorre no mercado de refrigerantes e bebidas isotônicas, representando aproximadamente 1,4% desse consumo, estimado em mais de 10 bilhões de litros/ano. A pequena participação neste mercado dá a dimensão das possibilidades de crescimento do consumo da água-de-coco.
O comércio do coco verde, assim como o de qualquer produto de origem agrícola, possui características que afetam diretamente a comercialização tais como:
A sazonalidade do consumo: Em função da maior demanda na época de férias escolares e verão no Sudeste do Brasil, principalmente nos meses de novembro a março. Mesmo havendo produção de frutos durante todos os meses do ano, o volume comercializado se retrai durante os meses mais frios. Pesquisa realizada no estado do Rio de Janeiro mostrou que as estações climáticas definem a intensidade do consumo, sendo de 56% no verão; outono e primavera 19% e no inverno apenas 6%.
A perecibilidade do fruto: Segundo pesquisa realizada junto a vendedores de coco, no varejo, constatou-se que as perdas na comercialização chegam a 8% do total de frutos comercializados. Após a colheita, sua vida útil é de aproximadamente quinze dias, se manuseado corretamente.
A aparência do fruto: Devido ao manuseio e transporte os frutos chegam muitas vezes a apresentar deformações e manchas escuras, fazendo o consumidor pensar que aquele produto não está mais apto para o consumo.
As quantidades comercializadas têm evoluído em grandes porcentagens, a exemplo do que ocorreu no estado de Minas Gerais, que de 1990 a 1995 teve um aumento de 1.170%, passando de 480t para 6.104 t.
O coco verde pesa em torno de 1,5kg, quando bem padronizado chega a 2kg, possui cerca de 20% de água e 80% de casca. Portanto, é um produto pesado e volumoso, o que dificulta e encarece o transporte.
Atualmente, o que se tem disponível para comercialização em termos de água de coco envasada em embalagens de conveniência, são produtos de duas naturezas distintas: água de coco verde congelada sem uso de conservantes e água de coco maduro envasada em embalagens do tipo longa vida, produzidas em grandes fábricas que processam o coco seco para retirar leite de coco e coco ralado.

Mercado externo
O Brasil, em 2001, ocupava o quinto lugar na produção mundial de coco, sendo superado apenas por Indonésia, Filipinas, Índia e Sri Lanka; apesar disso, vem importando mais do que exporta.
Segundo levantamento da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), citados pelo Jornal Folha de São Paulo edição de 18 de janeiro de 2000, o Brasil importou cerca de US$42,3 milhões em coco entre 1996 e 1999. Nesse período a exportação do coco brasileiro rendeu cerca de US$982 mil.
A concorrência do Brasil com os países Asiáticos, donos dos maiores coqueirais do mundo, é na opinião do Sindicato dos Produtores de Coco, desigual, tendo em vista o subsídio que os governos daqueles países dão aos seus produtores locais.
Segundo o anuário da Agricultura Brasileira, Agrianual 2000, de FNP Consultoria & Comércio, as indústrias brasileiras importaram coco seco dos seguintes países: República Dominicana, Vietnã, Índia, Sri Lanka, Venezuela, México, Costa do Marfim e Filipinas. Já a Argentina, Paraguai e Uruguai são os principais consumidores do coco brasileiro.
Desde 1995, o país decidiu sobretaxar a importação de coco seco e ralado, essa medida atingiu os seguintes Países: Sri Lanka, Indonésia, Malásia, Costa do Marfim e Filipinas. Já em 1998, estabeleceram-se barreiras sanitárias ao produto, visando evitar a entrada de doenças.
Espera-se que as “medidas de salvaguarda” criadas pelo governo brasileiro, em julho 2002, limitando as importações de coco desidratado, garanta por bom tempo mercado para os produtores nacionais e melhore suas margens de comercialização através de melhores preços pagos pela sua produção.

Sazonalidade dos preços do coco seco e coco verde no Brasil
O conhecimento do comportamento sazonal dos preços ao longo do tempo é de fundamental importância. Conhecendo esta, os produtores e demais agentes da cadeia passam a entender a sinalização das forças de mercado que determinam a oferta e demanda do produto.
Analisando-se a sazonalidade dos preços do coco seco na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP), principal centro de comercialização do pais, observa-se que a época de melhores preços ocorre entre junho e outubro, período em que, devido à estação chuvosa, a oferta do produto se retrai na região Nordeste, fornecedora de mais de 90% do coco seco comercializado no país.
A sazonalidade dos preços do coco verde comporta-se de forma bastante diferente à do coco seco, principalmente na CEAGESP-SP, onde os maiores níveis registram-se entre dezembro e março, coincidindo com o período de férias escolares e meses de maior afluência de veranistas nas praias.
Em Belo Horizonte os maiores preços são registrados em fevereiro, caindo a seguir, atingindo seu mínimo em dezembro.
Em Brasília, os preços começam em ascensão no mês de setembro, atingindo a elevação máxima no mês de março, para cair em seguida, chegando ao mínimo em agosto.
No Rio de Janeiro o comportamento dos preços, em média 20% menores que em Brasília, registram a mesma sazonalidade, atingindo o máximo em fevereiro e o mínimo em agosto.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Coco Verde Isotônico Natural

 Água de coco verde isotônico natural

Propriedades

O valor nutritivo do coco verde e seu sabor variam de acordo com o estágio de maturação apresentando de maneira geral quantidades significativas de sais minerais (potássio, sódio, fósforo e cloro), e fibras. À medida que a polpa amadurece, enriquece o seu teor de gorduras. O coco verde também possui carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas A, B1, B2, B5 e C e magnésio.

Benefícios 
A presença de eletrólitos tais como sódio e potássio na água de coco verde possibilita a absorção mais rápida, recuperando as perdas destes minerais através da urina e da pele. Além disso, a água de coco verde é a única bebida isotônica natural disponível comercialmente. Portanto, é ideal para repor o líquido perdido depois das atividades físicas e para a recuperação nos casos de desidratação por ser um excelente soro vegetal.


  • Hidrata e amacia a pele
  • Reduz o nível de colesterol 
  • Combate a verminose infantil 
  • Previne e auxiliar  no tratamento da atrite 
  • Controla a pressão arterial 
  • Combate a desidratação 
  • Repõe imediatamente as energias
  • Evita vômitos e náuseas na gravidez  
  • Calmante natural 
  • Reduz a febre 
  • Coadjuvante no tratamento de ulcera estomacal 
  •  Auxiliar no tratamento da ( Dengue )
A água de coco verde é considerada um isotônico natural por ser rica em minerais.

Qualidade e conservação

Quando o coco é, essa parte é pouco desenvolvida e mole, guardando muita água no seu interior. A medida que o coco vai amadurecendo, a parte carnosa se torna mais consistente e a água diminui. O coco verde está adequado para consumo quando sua casca é fibrosa e carnuda, com um tom esverdeado e se o núcleo está bem duro. Além disso, a polpa deve apresentar-se tenra com consistência cremosa.

O coco verde fresco, ainda fechado, pode ser conservado por 2 meses. Depois de aberto, a polpa deve ser consumida no mesmo dia ou conservada em geladeira por até 5 dias. 





 


Rei do Coco Verde.
Contato: 62  9161-7970 Clelson  /  62 9426-5775 Clelton
E-mail: reidococoverde.aguadecoco@gmail.com 
Av, Vera Cruz, 2230, QD. 136 LT. 06, Jardim Guanabara
 Goiânia - GO 
  "Temos o maior prazer em atende-los"

 

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Temperatura em Goiânia, mais ou menos 33°c. Que tal uma Água de coco Gelada !



Temperatura em Goiânia, mais ou menos 33°c.
 Goiânia esta quente, vamos aproveita pra esta hidratando nosso corpo para que não tenha complicação com a saúde, eu estou te informando sobre a água de coco que e um bem esta para esse tempo seco.

E aquela sede de matar. Para repor o líquido perdido (principalmente com o suor em excesso) e se hidratar de forma adequada, é preciso tomar muita água e sucos naturais. Mas entre as refrescantes opções disponíveis, há uma bem conhecida dos frequentadores do litoral brasileiro: a água de coco. Rica em nutrientes como potássio, sódio e fósforo, a bebida traz muitos benefícios ao organismo e é altamente recomendada após atividades físicas e em casos de desidratação. E para quem está tentando emagrecer, ela pode ser uma ótima aliada.

 "A água de coco é excelente para o verão, sendo consumida no lanche da tarde ou após a atividade física. É muito melhor aproveitar este alimento natural e tão rico em minerais, evitando os alimentos industrializados que não contêm os nutrientes fundamentais para o equilíbrio da nossa saúde",
 "O mais indicado é o consumo para atletas e praticantes de atividades aeróbicas como corrida, longas caminhadas, triátlon e outras, pois há uma maior perda de eletrólitos em atividades deste tipo", Saudável, refrescante e saborosa. Poucas calorias, muitos nutrientes... Ótima para evitar desidratação e cãibras, para o bom funcionamento do intestino, para melhorar a pele e para saciar a sede e a fome. E ainda contém vitamina C, principalmente quando o coco está verde. Aliás, quanto mais maduro o fruto, mais doce será a água. Com tantas qualidades, fica mesmo difícil resistir à água de um coco gelado durante os dias quentes. 



Rei do Coco Verde.
Contato: 62  9161-7970 Clelson  /  62 9426-5775 Clelton
E-mail: reidococoverde.aguadecoco@gmail.com 
Av, Vera Cruz, 2230, QD. 136 LT. 06, Jardim Guanabara
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quinta-feira, 24 de setembro de 2015

O que é o Coco Verde ?



imagem da produção do coco verde.


A água de coco e suas propriedades isotônicas impulsionam a produção de coco verde no país, inclusive no interior de vários estados.

O que é

O coqueiro é considerado a árvore da vida, dada a grande gama de produtos e subprodutos que podem ser obtidos da planta.
O consumo da água de coco verde no Brasil é crescente e significativo. A demanda é suprida pelo comércio do fruto e, principalmente, pela extração e envasamento da água, o que envolve pequenas, médias e grandes empresas.
  • Nome popularizada fruta: Coco (coco da baía).
  • Nome científico: Cocus nucifera L.
  • Origem: Ásia.

Fruto

O coco possui uma camada externa grossa e fibrosa (casca). A água de coco (endosperma líquido) preenche a cavidade central do fruto,encerrado pela copra ou polpa (endosperma sólido). Em seu estado natural, a água é estéril (sem presença de microrganismos – fungos, bactérias etc.) e é utilizada como isotônico natural.

O coco verde possui maior quantidade de líquido que o maduro (ou coco seco) e tem polpa tenra. O sabor da água de coco é doce e levemente adstringente. Suas características são influenciadas, principalmente, pela variedade e o estágio de maturação do fruto, bem como pelas práticas agronômicas empregadas na lavoura (adubação, irrigação etc.) e condições climáticas.

Planta

O coqueiro é uma planta da família Palmae (palmeira), introduzida no Brasil em 1553 pelos portugueses. Três variedades de coqueiro são exploradas no país:
  • Coqueiro gigante. Planta de porte alto, atingindo cerca de 35 metros de altura. Sua finalidade principal é o fornecimento de polpa (copra) para a indústria de derivados de coco (coco ralado e leite de coco). Inicia sua produção a partir de seis anos e meio. Tem a produção média de 70 frutos/planta/ano;
  • Coqueiro anão. Planta de porte baixo, atingindo cerca de 12 metros de altura, utilizado para atendimento do consumo de água de coco (“in natura” ou envasada). Começa a produzir com dois anos e meio, apresenta produtividade de 120 frutos/planta/ano, podendo alcançar 250 frutos em sistemas irrigados;
  • Coqueiro híbrido. Plantas de porte intermediário, atingindo cerca de 20 metros de altura, com dupla finalidade de fornecimento de coco para a indústria e para água. Sua produtividade alcança de120 a 150 frutos/planta/ano, com início de produção aos quatro anos pós-plantio. Tem participação pouco expressiva na produção.

Cultivo

O coqueiro é uma planta de clima tropical, cultivado em cerca de 90 países, destacando-se o continente asiático, líder na produção e comercialização do fruto “in natura” e de seus subprodutos. Dentre as principais regiões brasileiras produtoras, o Nordeste destaca-se, produzindo cerca de 80% de toda a produção nacional.
A área de produção do coqueiro do tipo anão cresce rapidamente no Brasil, onde estima-se haver cerca de 50 mil hectares dedicados a essa variedade.
Dependendo da tecnologia utilizada, o coqueiro anão pode florescer com pouco mais de dois anos de idade e atingir, em função dos tratos culturais, de 200 a 250frutos/pé/ano, o que proporciona maior rapidez no retorno dos investimentos realizados.

Precipitações acima de 1.500 mm, bem distribuídas, e insolação em torno de 2.000 horas são ideais. Temperaturas abaixo de 17° afetam o desenvolvimento da planta. A altitude também limita a produção de coco. Áreas com mais de 400 m de altitude promovem a redução da produtividade, podendo inviabilizar economicamente a cultura.

Nas regiões com baixa precipitação anual ou com distribuição irregular de chuvas, a suplementação hídrica através da irrigação é fundamental para a obtenção de alta produtividade e estabilidade de produção.

A cultura do coqueiro anão irrigado, que pode produzir o ano todo, e a expansão da industrialização (que aumenta o tempo de vida de prateleira da água de coco), regularizam a oferta, reduzindo significativamente a sazonalidade da produção e dos preços.

Na colheita, deve-se também proceder à limpeza dos cachos, eliminando-se as ráquilas (rabicho do coco) para que não haja atritos com os frutos no transporte. Com isso, evitam-se ferimentos e o escurecimento da casca do coco, que prejudicam a aparência do fruto, dificultando a comercialização.

A comercialização da água de coco dentro do próprio fruto envolve problemas de transporte, armazenamento e perecibilidade do produto. Observam-se danos à aparência dos frutos durante o período de transporte e armazenamento.
Além disso, os resíduos deixados pela casca da fruta durante sua extração tornam a água avermelhada após alguns dias.

Usos e Mercado

Usos

Do coqueiro podem-se aproveitar diversas partes, como o fruto, as folhas, a inflorescência, entre outros produtos e subprodutos. A casca do coco é usada na fabricação de cordas, tapetes, chapéus e encosto de veículos.
O óleo é largamente usado na indústria alimentícia como óleo de mesa e também na produção de margarina, glicerol, cosméticos, detergentes sintéticos, sabão, velas e fluidos para freio de avião.

Mercado

O consumo da água de coco verde no Brasil é crescente e significativo. A demanda é suprida pelo comércio do fruto e, principalmente, pela extração e envasamento da água, o que envolve pequenas, médias e grandes empresas.

As multinacionais de bebidas (refrigerantes), por exemplo, já visualizam o crescimento do mercado de bebidas naturais, em detrimento de refrigerantes e produtos artificiais.

O mercado de água de coco é quase totalmente suprido por plantas da variedade anã. Estima-se que apenas 15% do mercado de água de coco seja suprido pelos plantios de coqueiro gigante.

A água pode ser extraída do fruto e comercializada, também, na forma congelada, resfriada, esterilizada, concentrada e desidratada (bebida não diluída e não fermentada, submetida a um processo adequado de desidratação cujo teor de umidade seja igual ou inferior a 3%).

A casca de coco verde é um subproduto do consumo e da industrialização da água de coco e tem se tornado um problema ambiental nos grandes centros urbanos,seja depositada nos lixões ou às margens de estradas, praias, lotes vagos etc.

É um material de difícil decomposição, levando mais de oito anos para se decompor. Portanto, a utilização da casca do coco verde processada, além da importância econômica e social, é também interessante do ponto de vista ambiental. Cerca de 80% a 85% do peso bruto do coco verde é considerado lixo.

A fibra do coco maduro já é utilizada na agricultura e na indústria. Já a fibra da casca do coco verde tem baixo aproveitamento e pode se tornar matéria-prima importante na produção de vasos, placas, substratos (para a produção de mudas ou em cultivos sem o uso do solo) e outros produtos. Suas fibras são quase inertes e têm alta porosidade.

A facilidade de produção, baixo custo e alta disponibilidade são outras vantagens adicionais apresentadas por este tipo de material. Para a obtenção da fibra e seu uso, a casca de coco passa por diversas operações, como corte, desfibramento, lavagem, trituração, secagem e, quando necessário, compostagem.